Em época de BBB13, programa que
de forma execrável abusa da imbecilidade intelectual de seus espectadores,
aparecem como baratas, alguns ex-bbb, brotando em todos os grotões brasileiros
para tentarem reviver a fantasia da sua oportunidade global ou reaparecerem nem
que seja em foto montagem para calendários da terceira idade, alardeando seus
modos de vida atuais, como se isso fosse uma continuação do cativeiro a que se
submeteram tempos atrás.
Qual o problema em dar uma olhadinha?
Como diz a Pedrita Bialis, a comandante-mor desse navio ancorado, fadado ao
naufrágio junto com seus tripulantes, não vejo problema algum. Pelo contrário,
você passa a conhecer alguns tipos que fazem parte desse imenso navio, suas
particularidades e ver o quanto estamos ainda na era mesozóica. Por mais
segurança que possamos ter na nossa intelectualidade, em algum momento de
nossas vidas, poderemos trocar todo o nosso poder de fogo, construído através dos
argumentos sólidos, extraídos dos livros e do nosso raciocínio aguçado,
totalmente trabalhado na astúcia, pela observação sacana do olheiro da embarcação:
o Ego.
Pois bem, dia desses passeando
pela net, eis que redescubro uma tripulante que viajou pelas águas do equívoco,
na quarta saída da embarcação, geralmente nas águas de janeiro, onde uma grande
nação de aculturados psicólogos é convocada para acompanhar de perto a trajetória
anual, que dura em torno de três meses e, se quiserem intervir, tem uma forma
democrática de contribuição financeira, que lhe possibilita realizar tal
desejo. Voltando a tripulante, hoje ela se encontra totalmente graduada pela
escola da literatura. Domina o português brasileiro e o inglês depois de quatro
anos de estudos periódicos e quase que diário. Sabe ler, escrever e
falar corretamente o idioma pátrio brasileiro e, com certa desenvoltura, acima da média com
relação aos seus patrícios, já aprendeu a cantar em inglês, a música que a
mesma traduziu num dialeto da sua tribo, em seu momento de desapego no
confinamento. Mas, por sua fala laboriosa, Solucu parece um pouco triste com
tanta evolução intelectual, conseguida a pau no cu e muita força de vontade. Criticou que não consegue oportunidade para ser atriz porque além de afro-descendente,
se transformou numa mulher culta e de vasta cabeleira, cabeleira esta que revela a sua soberania
perante os seus, causando certo descontentamento nos produtores e empresários artísticos,
que sempre requisitavam seus serviços para animação de festa, o máximo que a
contratam, atualmente, é para fotos sensuais. Agora, falar e interpretar texto
em português brasileiro, cantar em inglês e atuar em Malhação, no way.
O Ego é foda!
